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31% da população brasileira possui mais de 10% de seus investimentos em criptomoedas, aponta relatório

Quase um a cada três brasileiros, 31%, possuem mais de 10% do portfólio de investimento em criptomoedas. Percentual que pode ser aumentado em até 55%, já que essa é a fatia da população que planeja investir nesse segmento nos próximos 12 meses, de acordo com um relatório da Coinbase, noticiado esta semana pela Exame.

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O levantamento apontou que 69% dos entrevistados acreditam que as criptomoedas “vieram para ficar” enquanto, para 66% dos entrevistados, elas devem se consolidar como uma alternativa aos investimentos tradicionais, com mais liberdade para os usuários.

Segundo a pesquisa, 42% dos investidores nacionais preferem investir em stablecoins pareadas ao dólar americano enquanto 33% preferem a própria moeda fiduciária estadunidense. Isso porque, para 53% dos entrevistados, as stablecoins são mais atrativas e possibilitam a geração de renda passiva, caso das plataformas de finanças descentralizadas (DeFi) que pagam rendimentos a geradores de liquidez. Além disso, 49% dos investidores destacaram a proteção desse segmento contra a inflação no Brasil.

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Para o diretor regional para Américas da exchange global de criptomoedas, Fabio Plein, os dados representam um “ano com notícias positivas para a indústria como um todo”. O que, na avaliação do executivo, reflete a aprovação de fundos negociados em bolsa (ETFs na sigla em inglês) baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin (BTC), em janeiro.

O executivo também elencou a sinalização de uma possível regulamentação nos EUA e as expectativas do mercado com o início da redução da taxa básica praticada pelo Federal Reserve (Fed), atualmente em um patamar entre 5,25% e 5,50% ao ano.

Plein acrescentou que “esses acontecimentos se somam a um amadurecimento do setor, com mais pessoas conhecendo e se familiarizando, e então isso fomenta a intenção de aumentar a exposição a essa classe de ativos”. 

“É uma somatória de elementos ajudando a desmistificar esse ambiente de investimento, aumentando a disposição de alocar mais ou entrar no setor", explicou.

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O executivo se mostrou surpreso com a atração dos investidores nacionais pelas stablecoins, porque o país tem uma economia estável há muito tempo. Sucesso que, segundo ele, pode estar relacionado ao histórico inflacionário do país.

O levantamento também mostrou que 59% dos investidores escolhem suas exchanges de criptomoedas pelo fator segurança. O que, na interpretação de Fabio Plein, pode favorecer as plataformas com postura mais séria e “comprometidas com níveis altos de segurança e transparência”.

Ele disse ainda que a Coinbase está muito satisfeita com suas operações no país, iniciadas no ano passado, e destacou que os mercados internacionais representam 17% da receita total da exchange, cujo aplicativo foi o mais baixado no país (no segmento cripto) em março.

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Outra pesquisa recente indicou que a Coinbase é a marca de criptomoedas mais usada por golpistas, conforme noticiou o Cointelegraph.