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Como um taxista virou empresário de BTC em El Salvador?

Napoleón Osorio, um taxista salvadorenho, viu sua vida mudar drasticamente graças ao Bitcoin. Antes de aprender sobre criptomoeda, ele enfrentava desemprego e incerteza.

Porém, em 2021, tudo começou a melhorar. Osorio conheceu John Dennehy, fundador a ONG “My First Bitcoin”. O americano o motivou a aceitar pagamentos em Bitcoin. Assim, o que começou como uma forma alternativa de pagamentos logo se tornou uma oportunidade única para Osório.

O impacto do Bitcoin na vida de um taxista salvadorenho

Em questão de meses, ele conseguiu não só estabilizar sua situação financeira, mas também expandir seu negócio de transporte. Hoje, Napoleón supervisiona uma equipe de 21 motoristas que operam sob a marca Bit-driver. Uma iniciativa pessoal que lhe permitiu adquirir quatro carros adicionais que aluga através da sua empresa. Graças a esses rendimentos, Osório pode custear os estudos dos dois filhos sem preocupações, conquista que antes parecia distante.

Esta história singular se enquadra no contexto da decisão do governo salvadorenho de adotar o Bitcoin como moeda legal em setembro de 2021. A medida, promovida pelo presidente Nayib Bukele, buscava incorporar 70% da população que não tinha acesso a serviços bancários, por exemplo. No entanto, a implementação da criptomoeda como moeda oficial gerou uma mistura de sucessos e desafios.

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No nível governamental, El Salvador acumulou 5.865 Bitcoins no que o presidente Bukele chama de “carteira fria”, armazenada em um cofre físico. Embora a estratégia de compra de Bitcoin do governo tenha sido criticada, Bukele afirma que o investimento representa uma aposta no futuro.

Apesar disso, a relação do país se tornou complexa com o Fundo Monetário Internacional (FMI) após a adoção da criptomoeda. Contudo, as negociações para um empréstimo de US$ 1,3 bilhão inicialmente estagnaram. Embora em agosto de 2023 o FMI e El Salvador tenham chegado a um acordo preliminar. No entanto, o FMI sublinhou a necessidade de mitigar os riscos associados à utilização do Bitcoin e apelou a um ajustamento fiscal para reduzir a dívida pública.

Impacto limitado na vida da maioria das pessoas em El Salvador

Paralelamente, as remessas familiares, vitais para a economia salvadorenha, continuam a fluir do exterior, mas o uso de criptomoedas nesta área é limitado.

Apenas 1% das remessas de 2023, que totalizaram US$ 8.1 milhões, foram feitas por meio do Bitcoin. Apesar desse baixo percentual, em certas comunidades de El Salvador, como a cidade de Berlim, no leste do país, a adoção do Bitcoin ganhou terreno.

Evelyn Lemus e Gerardo Linares, moradores locais, conseguiram que mais de 120 empresas aceitassem pagamentos em Bitcoin. Assim, tornando Berlim um dos locais onde a criptomoeda é mais utilizada.

Por fim, a experiência de Osorio e a evolução da economia salvadorenha são exemplos de como o Bitcoin está reconfigurando a realidade do país. Embora nem todos os cidadãos tenham experimentado os mesmos benefícios, este compromisso inovador do governo continua a gerar interesse tanto a nível nacional como internacional. Para pessoas como Osório, o Bitcoin não representa apenas um meio de pagamento, mas um caminho para novas oportunidades econômicas.


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