Deu a louca nos Juros AmericanosA situação ficou complicada para o FED. O rendimento dos títulos de 10 anos dos Estados Unidos ultrapassou o nível crítico de 4,73%, marcado como o pior momento de 2024 após a divulgação dos dados de emprego nesta sexta-feira.
Embora o NFP (Nonfarm Payroll) venha consistentemente diminuindo, como podemos observar na média linear, ele encontrou um patamar de estabilidade na geração de novos empregos. Em contrapartida, o mercado financeiro espera que o mercado de trabalho esfrie, e não se estabilize.
Apesar de as novas vagas (JOLTs) estarem em queda, a taxa de desemprego estabilizou em 4,1%, indicando que a população está empregada e que há cada vez menos novas vagas disponíveis. Alerta!
Mas, falando sobre os títulos americanos de 10 anos, vamos recapitular. Nos últimos dois anos, o pior momento foi em outubro de 2023, quando o rendimento dos títulos atingiu 5,021%. A última vez que o título foi negociado nesse nível foi em julho de 2007. Em 2023, a preocupação girava em torno da possibilidade de taxas de juros mais altas por um período prolongado, impulsionada pela postura do Federal Reserve de admitir que havia subestimado a inflação, desconsiderando sua natureza persistente.
Os principais fatores que preocupavam os mercados na época eram:
Inflação resiliente;
FED atrasado na resposta;
Mercado de trabalho forte;
Risco de recessão.
Já em 2024, tivemos o segundo pico na nossa janela de análise. Naquele momento, a alta nos juros foi impulsionada por uma combinação de dados econômicos divergentes e incertezas sobre o futuro da política monetária do Federal Reserve. As características que preocupavam o mercado eram:
Inflação persistente em alguns setores;
Divergências no discurso entre membros do FED;
Mercado de trabalho forte;
Sinais de enfraquecimento econômico.
Hoje, estamos ultrapassando o pico de abril, impulsionados pela preocupação com uma economia muito aquecida, mas com novos alertas ligados à situação fiscal. Os pontos-chave são:
Inflação persistente em alguns setores;
Incertezas sobre as políticas do novo governo;
Mercado de trabalho forte;
Reversão dos sinais de enfraquecimento econômico.
O que mudou?
Pouquíssimo. O mercado de trabalho nunca desacelerou expressivamente, a economia – particularmente o setor de serviços – esteve em alta nos últimos três anos, com os EUA gerando PIB e lidando com uma inflação acomodada em um nível mediano, acima da meta.
Se isso não bastasse, o petróleo voltou a ser negociado na casa dos 80 dólares por barril, o que reflete diretamente nos preços ao consumidor.
O problema fiscal decorre de uma política agressiva de emissão de dívida, trazendo novamente a preocupação fiscal para o debate nos EUA. Já não se precificam cortes de juros para 2025. O FED deve manter os juros no nível atual e, quem sabe, até retomar as altas.
Brasil puxando o carro de novo?
Treasuries
BTC forte em pontos importantesPodemos ver a forte esticada do BTC desde o inicio do ano, chegando agora a mais de 150% de valorização somente no ano de 2023.
Uma das principais narrativas que vem sendo ventilada para explicar essa grande valorização do cripto-ativo, é justamente a precificação de cortes de juros por parte do FED no ano que vem.
O mercado ja vem precificando até 6 cortes no proximo ano, chegando a um corte de até 200 bps.
Como mostra o gráfico, a regiao de preço em que o BTC se encontrar, historicamente tem se mostrado como um ponto de bastante briga.
Será que pode ser um ponto de acomodação após uma valorização tao expressiva? AS taxas de juros futuros americanas, continuando seu ritmo de queda, continuarão dando suporte ao movimento de alta?
Inflação vencida? Juros mais baixos?Ontem, vimos a divulgação do dado de inflação na economia americana.
Veio um pouco melhor que o consenso do mercado (Core YoY 4.0, exp 4.1 / MoM 0.2, exp 0.3).
A headline em si nao é tão animadora, mas alguns subgrupos dentro do dado vieram bem animadores, com o indice de goods se mantendo negativo pelo 5 mes consecutivo e o indice de serviços e housing sinalizando uma desaceleração consideravel, que foi exatamente o que animou tanto os mercados.
Com isso, vimos as treasuries americanas despencarem, com o T-10 fechando 19 bps com uma queda de mais de 4%, perdendo o patamar dos 4,50% que vinha sendo bem defendido nos ultimos dias.
Contudo, hoje ja vemos uma realização um tanto quanto forte em todos os vertices da curva americana, com o T-10 subindo 10 bps, com uma alta de 2,30% nesse momento.
O questionamento fica agora se o mercado realmente vai entender como a inflaçao vendo a ser vencida e com isso os juros vao voltar a fechar e se manter em patamares mais baixos do que vem se mantendo ultimamente.
Recessão ou economia forte?A curva de juros americana esta em patamares de inversão nunca vistos na historia, chegando a ficar mais de 100 bps invertido no inicio de Junho.
Historicamente, a inversão da curva costuma anteceder uma recessão em um período de 6 meses a pouco mais de 1 ano.
Os marcadores no gráfico demonstram os períodos de recessão nos EUA (vermelho) e o steepening da curva (amarelo).
Steepening da curva significa quando a ponta longa volta a subir mais do que a ponta curta, começando um processos e desinclinação da curva. Muito desse movimento se da na espera de uma economia mais fraca ou inflação mais baixa no short-run, o que exigirá menos juros e uma economia mais forte e maior inflação no long-run.
Podemos identificar também que esse movimente de steepening geralmente acontece pouco antes de uma recessão.
O steepening pareceu que ia se iniciar mais cedo esse ano, em Fevereiro, mas logo voltou a continuar um movimento mais acentuado de inversão.
O movimento atual ja esta começando a ser comentado pelo mercado. Alguns traders ja falam que a sinalização de que o FED não subirá mais ou está muito perto do pico das taxas e indicadores sinalizando um economia forte dos EUA, dão espaço para a ponta mais longa da curva voltar a subir mais do que a curta, gerando o movimento de steepening.
Porém, uma economia forte, com dados de desemprego em patamares ultra baixos e mercado de trabalho ainda bem pujante, a inflação se manterá baixa e em convergência para a meta do FED?
Alguns indicadores tambem demonstram um arrefecimento, apesar de leve, da economia americana, como por exemplo a concessão e demanda por credito para diversos setores.
Alguma sinalização pode estar sendo dada. A se observar se o movimento continuará.
Estudo US 05 years bondsTreasuries - títulos da dívida americana - de 10 anos chegaram em níveis fortes, batendo um pico de 3.2%.
Vejo um arrefecimento - na melhor das hipóteses, uma realização por parte dos investidores - e um teste nas regiões um pouco mais baixas, encontrando um nível de conforto, ou de equilíbrio, melhor dizendo.
Inversão na curva de juros curtos AmericanosHistoricamente, uma recessão nunca aconteceu sem uma inversão na curva de juros. Semelhante à última inversão em 2019, tem aumentado a preocupação de que o aperto da política do Fed reduzirá os gastos do consumidor e a atividade empresarial. Agora o banco central dos EUA está lutando contra as taxas de inflação mais altas em uma geração, o que está alimentando especulações de que as circunstâncias exigirão um ajuste mais drástico nas taxas de juros, com consequências mais dolorosas.
Porque a sinalização de inversão nos Juros é importante?
Os rendimentos de curto prazo que são mais altos do que os rendimentos de longo prazo são considerados anormais pois sinalizam que é improvável que altos níveis de rendimentos de curto prazo sejam sustentados à medida que o crescimento desacelera.
Todavia, o presidente do FED, Jerome Powell, disse na semana passada que está focado nos rendimentos do Tesouro até 18 meses, que não mostram esses sinais de alerta. Analistas especialistas e Traders de Futuros dizem que a compra maciça de títulos do Tesouro pelo FED nos últimos dois anos — suas participações totalizam cerca de US$ 5,8 trilhões — distorceu qualquer sinal dos níveis de rendimento, o que poderia explicar essa sinalização como falsa.
Esse é um sinal importante sobre a saúde do mercado global, e pode dar horizontes econômicos para 2023 e 2024.
No gráfico estou subtraindo o T2 pelo T10, e o valor 0% é o exato momento em que a inversão acontece de fato.
Inversão da curva dos juros americanos? Recessão encomendada?Analisando a relação entre os rendimentos de 2 e 5 anos dos respectivos títulos americanos, percebe-se uma correlação entre inversão da curva (quando o rendimento do 2 anos é maior que o de 5 anos) e inflexões do mercado de ações. Deixo claro que é uma análise considerada macro, que não deve ser usada para ponderar entradas e saídas de curto e curtíssimo prazos.
Curva DI (CDI/Brazil)Renda Fixa não é tão Fixa !
Renda Fixa também " Vareia "
Consumo (Inflação) + Investimentos (Empregos) + Gastos do Governo (Fiscal/Tributária) + Exportação Líquida (PIB)
Aliados a fraca Atuação do BACEN em 2021 na defesa da Moeda, com sua Política Monetária Estimulativa/Tempestiva/Contracionista focado em mais Falar do que Fazer.
2031 (10Y) + Risco Brazil + Reformas a serem feitas
2035 (14Y) - 168 Meses - 5040 dias
A decisão é sua !
Muito Obrigado,
André Felipe
Curva DIRenda Fixa não é tão Fixa !
Renda Fixa também " Vareia "
Consumo (Inflação) + Investimentos (Empregos) + Gastos do Governo (Fiscal/Tributária) + Exportação Líquida (PIB)
Aliados a Atuação do BACEN com sua Política Monetária Estimulativa/Tempestiva
2031 (10Y) + Risco Brazil + Reformas a serem feitas
2035 (14Y) - 168 Meses - 5040 dias
A decisão é sua !
Muito Obrigado,
André Felipe