Segunda-feira vermelha: é necessário cortar a taxa de emergênciaSegunda-feira vermelha: é necessário cortar a taxa de emergência?
As ações dos EUA experimentaram seu pior dia desde 2022, com o S&P 500 caindo 3,0%, o Nasdaq caindo 3,4% e o Dow Jones Industrial Average despencando 1033 pontos. Todos os sectores nos EUA registaram declínios, com os stocks de tecnologia mega-cap a apresentarem um desempenho particularmente fraco. Notavelmente, a NVIDIA viu uma queda acentuada de 15% durante o dia de negociação, embora tenha conseguido "recuperar", terminando em queda de 6,4%.
Alguns pediram uma redução das taxas de emergência do Fed, mas isso é improvável, pois este evento, tal como está, não é uma ameaça existencial para os mercados. É apenas uma grande venda.
As ações dos EUA saíram de ânimo leve?
Antes do pregão dos EUA, o mercado de ações do Japão experimentou seu declínio mais acentuado desde a segunda-feira negra de Wall Street em 1987, alimentando temores de instabilidade generalizada do mercado.
Apesar da forte liquidação, o PMI de serviços do ISM teve algum alívio, o que indicou uma recuperação mais forte no sector dos serviços, ajudando a atenuar, em certa medida, as preocupações dos investidores. Ativos mais arriscados, como o Bitcoin, não foram poupados, caindo de quase US $62.000 na sexta-feira para cerca de US $54.000 na segunda-feira.
Fatores que contribuem para a turbulência do mercado incluem temores de que o Federal Reserve esteja atrasado na redução das taxas de juros, potencial desenrolamento do Comércio de ienes e a Regra do Sahm sinalizando o início de uma recessão.
Esta regra sinaliza o início de uma recessão quando a taxa média de desemprego de três meses aumenta 0,5 pontos percentuais ou mais acima do seu ponto mais baixo no ano passado. O limiar foi ultrapassado recentemente, quando a taxa de desemprego subiu para 4,3%.
Selloff
Roberto Jefferson day explicadoO que explica o sell-off no mercado brasileiro hoje, em um dia de S&P500 em 1,39%, Stoxx em 1,47%, DXY neutro e Treasuries calmos?
O que vou explicar aqui não é o que o ex-deputado fez ou do que é acusado de fazer, tampouco defender ou atacar. A minha proposta é esmiuçar a interpretação do mercado sobre o fato e entender a oportunidade nesse evento.
Precisamos começar entendendo que segunda-feira se deu início ao evento que apelidei de " hype da virada ", onde o mercado entra em uma semana de festa, precificando positivamente a virada que estava sendo exposta através das pesquisas eleitorais.
O mercado observou como viável uma virada de Jair Bolsonaro pois avançou muito na pesquisa, com especulações (infundadas até o momento) de que o candidato havia ultrapassado o oponente Lula na pesquisa de sexta-feira. O entendimento até o momento é que o mercado havia precificado (até sexta-feira) a vitória de Bolsonaro, em particular as empresas estatais se beneficiarão desta gestão.
Entretanto o episódio de violência envolvendo o Roberto Jefferson no domingo trouxe mal humor ao mercado no day after. A forma como o ex-deputado reagiu a prisão foi, no mínimo, violenta. Mesmo com a tentativa do governo de afastar a relação entre o ex-deputado do presidente, a forma de tratamento que R.J. recebeu foi vista como de um aliado, e a sinalização pegou mal, bem mal e é claro que a oposição usou isso a favor.
A interpretação do mercado é que os votos indecisos que Bolsonaro estaria conquistando ou viria a conquistar em sua campanha e nessa semana, (ocasionando a virada nas pesquisas), podem ter sido afastados após esse infeliz evento envolvendo armas e resistência violenta contra a PF. Este colateral criou motivos para o mercado entrar em sell-off essa segunda-feira, somado ao fator de exagero da semana do hype da virada onde o mercado estava esperando uma desculpa para realizar.
A semana do hype somou 7495 pontos da abertura segunda ao fechamento na sexta-feira. O Roberto Jefferson day ocasionou em uma perda de 4000 pontos em um único pregão do índice futuro, devolvendo 53% de avanço do índice na semana do hype em apenas um dia.
Destaques para estatais, Banco do Brasil -10,03%; Petrobras -9,20%.
As perguntas que ficam são:
Como as pesquisas de terça, quarta e quinta-feira refletirão esse evento?
Será que o mercado antecipou corretamente? Será que o mercado exagerou no sell-off?
Seria esse um real motivador para eleitores indecisos deixarem de votar no governo?
Estariam os investidores estrangeiros percebendo/relembrando o risco Brasil?
VVAR3 deprimidaVia varejo perdeu sua linha de tendência de alta (LTA) de curto prazo que vemos no gráfico semanal acima;
Com um volume um pouco acima da média das últimas semanas pode-se indicar um selloff nessa semana que passou;
E com essa congestão no preço de forma sutil e a mm21 encostando na mm9 poderá formar um setup de Power Breakout de venda, se perder R$10,95;
O alvo estaria na zona dos R$9,00. Nessa região imagino que deve melhorar o volume de negócios (deprimido desde Julho de 2020) e inverter o foco de menos oferta e mais demanda pelo ativo;
Esse é um estudo pessoal, não posso recomendar a compra ou a venda de ativos, mas serve de apoio para a aprendizagem da análise técnica.