Crise Subprime - Impactos no S&P500A crise do subprime de 2007-2008 ainda ecoa como um dos eventos mais marcantes da história financeira moderna. Ela deixou cicatrizes profundas nos mercados globais, e um dos indicadores mais afetados foi o S&P 500, que representa as 500 maiores empresas dos Estados Unidos. Neste artigo, mergulhamos em um estudo sobre como essa crise abalou o S&P 500 e o que causou a extrema volatilidade que marcou esse período turbulento.
A Queda Acentuada do S&P 500
Durante a crise, o S&P 500 enfrentou uma queda acentuada em seu valor de mercado. Iniciada em 2007, essa queda atingiu seu ponto mais baixo em março de 2009, resultando em uma perda de mais de 50% de seu valor durante esse período.
Um dos principais fatores que contribuiu para esse declínio vertiginoso do S&P 500 foi a sua composição, que englobava empresas do setor financeiro, como bancos e seguradoras. Estas entidades estavam diretamente ligadas a produtos financeiros problemáticos, nomeadamente as hipotecas de alto risco, conhecidas como subprime. Nesse contexto, muitas delas se encontraram à beira da falência, sendo socorridas por intervenções governamentais.
A crise do subprime não apenas minou a confiança dos investidores, mas também fomentou um clima de medo e aversão ao risco, o que desencadeou uma avalanche de vendas de ações. Nesse cenário de incerteza, a pergunta que pairava no ar era: até que ponto essa crise se estenderia?
A Volatilidade Extrema
Durante a turbulenta crise financeira, os mercados foram palco de uma volatilidade intensa que refletia a incerteza e o risco que permeavam o cenário financeiro. Essa volatilidade se manifestou de diversas maneiras, incluindo:
• Grandes Flutuações nos Preços das Ações: Os investidores reagiram com nervosismo extremo, desencadeando grandes oscilações nos preços das ações em intervalos de tempo notavelmente curtos. Essa dinâmica gerou uma verdadeira montanha-russa de volatilidade nos mercados de ações.
• Implementação de Circuit Breakers: Devido à volatilidade excepcionalmente alta, várias bolsas de valores ativaram os chamados "circuit breakers" como medida de contenção. Essas interrupções automáticas foram implementadas para acalmar os ânimos nos mercados e oferecer aos investidores a oportunidade de assimilar informações sem ceder ao pânico generalizado.
• Intervenções Governamentais: Para estabilizar o sistema financeiro global, governos e bancos centrais ao redor do mundo adotaram uma série de medidas emergenciais. Isso incluiu a injeção de capital em instituições financeiras e cortes nas taxas de juros. Embora essas ações tenham contribuído para atenuar parte da volatilidade, a incerteza persistiu por um período significativo.
• Pânico nos Mercados: A crise desencadeou preocupações generalizadas sobre a solidez do sistema financeiro, levando a uma reação de pânico entre os investidores. O medo e a apreensão se espalharam rapidamente, influenciando as decisões de investimento e a dinâmica dos mercados.
• Pressões de Venda em Massa: Grandes investidores, incluindo fundos de hedge e instituições financeiras, optaram por liquidar grandes volumes de ativos financeiros. Essa avalanche de vendas agravou ainda mais os movimentos de preços, intensificando a volatilidade já existente.
Lições Aprendidas e Resiliência Financeira
Apesar das cicatrizes profundas deixadas pela crise do subprime de 2007-2008, o mercado financeiro global demonstrou sua resiliência ao longo dos anos. À medida que os mercados se estabilizaram e se recuperaram gradualmente após esse período turbulento, surgiram valiosas lições que reforçaram a importância da gestão de riscos e da supervisão regulatória. Além disso, a capacidade de adaptação e a determinação dos investidores e das instituições financeiras foram postas à prova, resultando em uma maior conscientização sobre os perigos da excessiva complacência nos mercados.
A crise do subprime e a subsequente volatilidade nos mercados financeiros representaram um capítulo sombrio na história econômica. No entanto, esses eventos desafiadores também catalisaram uma busca por soluções mais robustas e aprimoraram os mecanismos de segurança e governança nos mercados globais. À medida que refletimos sobre essa época marcante, lembramo-nos das lições aprendidas e da resiliência demonstrada, servindo como um lembrete constante da necessidade contínua de vigilância e precaução nos mercados financeiros em constante evolução.
Crisis
IBOVESPA pede socorro!!!O ibovespa vem sofrendo com os últimos acontecimentos políticos, sendo eles, nomeações duvidosas para o mercado, PEC da transição avançando e anúncios de empréstimos bilionários a países da américa do sul; Com isso o avanço das forças baixistas vem tomando conta do cenário econômico nacional. Com o IBOV devolvendo o lucro do ano na ultima semana e com uma queda acumulada de 27.53% desde o topo histórico alcançado em maio de 2021, os próximos suportes permanecem em 95.074 e 93.237 , sendo essa região de 1837 pontos a ultima região de suporte próxima, visto que o preço encontrará somente uma nova região em 73.105.
Poderá a intervenção do Estado na TAP afetar o setor do turismo?A atual crise em que o mundo se encontra, está a meter diversas empresas em dificuldades financeiras obrigando estados a terem de ajudar de forma a impedir que os setores mais atingidos entrem numa situação ainda menos favorável. Estas possíveis dificuldades ou até mesmo falências que poderão existir, podem ser tanto por problemas de solvência como de falta de liquidez (e.g. redução substancial da procura) levando então a um pedido de empréstimos e consequente aumento dos seus passivos.
Este é certamente o caso do setor aéreo português, onde a companhia aérea TAP não é exceção. Depois de uma fase de confinamento social onde não existiu qualquer tráfego, a companhia a anunciou a estratégia de retoma das suas operações para os próximos dois meses.
O plano comunicado tem sido substancialmente criticado por membros de diversos partidos políticos bem como por representantes regionais do setor do turismo. A unânime crítica prende-se à redução do número de voos entre os aeroportos nacionais do país. Do outro lado da razão, vem uma recomendação sensata da União Europeia referindo que não é aconselhável voos vazios de forma a que reduzir um possível aumento de custos desnecessários.
O que falta, no entanto, é compreender o porquê da redução do número de voos. Se a razão for consequente de uma esperada redução da procura, então a decisão da companhia aérea parece adequada; caso contrário, pode afetar o desempenho do setor do turismo e da economia portuguesa. O objetivo tem de ser em alinhar a oferta à futura procura e se isso for realizado de forma apropriada não existirá nenhuma perda para a sociedade nem se poderá dizer que a intervenção do Estado na companhia poderá ter impacto negativo de curto-prazo (o que não invalida que não exista um aumento de impostos como consequência disso no médio e longo-prazos).
Poderá a intervenção do Estado na TAP afetar o setor do turismo?A atual crise em que o mundo se encontra, está a meter diversas empresas em dificuldades financeiras obrigando estados a terem de ajudar de forma a impedir que os setores mais atingidos entrem numa situação ainda menos favorável. Estas possíveis dificuldades ou até mesmo falências que poderão existir, podem ser tanto por problemas de solvência como de falta de liquidez (e.g. redução substancial da procura) levando então a um pedido de empréstimos e consequente aumento dos seus passivos.
Este é certamente o caso do setor aéreo português, onde a companhia aérea TAP não é exceção. Depois de uma fase de confinamento social onde não existiu qualquer tráfego, a companhia a anunciou a estratégia de retoma das suas operações para os próximos dois meses.
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O que falta, no entanto, é compreender o porquê da redução do número de voos. Se a razão for consequente de uma esperada redução da procura, então a decisão da companhia aérea parece adequada; caso contrário, pode afetar o desempenho do setor do turismo e da economia portuguesa. O objetivo tem de ser em alinhar a oferta à futura procura e se isso for realizado de forma apropriada não existirá nenhuma perda para a sociedade nem se poderá dizer que a intervenção do Estado na companhia poderá ter impacto negativo de curto-prazo (o que não invalida que não exista um aumento de impostos como consequência disso no médio e longo-prazos).