Canais são ferramentas bastante populares da análise técnica, pois transmitem visualmente ao trader as fronteiras dentro dos quais a grande maioria dos movimentos ocorrerá. As Bandas de Bollinger são os indicadores mais famosos a utilizar esse conceito, mas não são o único meio.
Hoje trazemos para vocês a parte inicial do nosso estudo sobre Canais de Dochian, indicador pouco conhecido, mas bastante útil. Esse indicador é utilizado para mostrar a volatilidade do preço, sinalizando rompimentos, recuos, sobrecompra, sobrevenda e muito mais. Pela semelhança com as bandas de Bollinger, os canais de Donchian acabam esquecidos, porém, existem diferenças essenciais entre eles que explicaremos na parte 2 do estudo.
Os Canais de Donchian são compostos de três linhas. A linha superior delimita o preço máximo atingido pelo ativo em N períodos; A linha mínima, por sua vez, delimita o preço mínimo atingido em N períodos. A banda no meio não é uma média móvel como em outras técnicas, mas sim o ponto central entre as bandas inferior e superior. Isso é um importante diferenciador dos canais de Donchian, pois não há o uso de médias como em outros métodos ou indicadores. O indicador calcula o valor ao longo do número de períodos escolhido por você.
Mas o que os Canais de Donchian nos dizem?
O canal Donchian é um indicador seguidor de tendência baseado em volatilidade determinando especificamente o lado no qual há excesso de volatilidade no mercado. Quando a volatilidade está alta, as bandas do indicador ficam mais largas e quando o mercado está calmo e os preços estão mais estáveis, as bandas ficam mais estreitas. Se o preço atingir a banda superior, você tem um sinal de sobrecompra; se tocar a banda inferior, então o mercado está em sobrevenda. Mas simplesmente vender na banda inferior ou comprar na banda superior não é um método eficaz para operar no mercado. Então, como operar usando esse indicador?
Os canais de Donchian medem a força da tendência. Assim, a ideia é que um rompimento de banda configura uma ação relevante em direção a novos alvos, ou seja, continuação ou aceleração da tendência em direção ao sentido do rompimento. Se rompeu para cima, o valor do ativo continuará subindo. Se rompeu para baixo, o valor do ativo tenderá a cair.
Tudo isso significa que, os canais além de monitorarem a volatilidade através da largura das bandas, também utilizam o conceito de breakout para construir as operações, demonstrando momentos de entrada nas operações de compra ou venda.
Em resumo,
Se os preços fecharem acima da linha superior, temos sinal de compra Se os preços fecharem abaixo da linha inferior, temos sinal de venda
Observem o gráfico acima da ação PSSA3 e vejam as setas plotadas indicando os fechamento fora do canal. A continuação do movimento fora do fechamento foi obtida. Contudo, esses fechamentos fora dos canais não são tão comuns e por isso, utilizamos outras estratégias de operação, que serão abordadas na parte 2 do estudo.
Vale lembrar que o fechamento fora do canal é indicativo para operação breakout, mas o ponto do stop e o gerenciamento da operação deve ser feito através da utilização de outras metodologias de análise técnica. Vejamos, o exemplo do gráfico abaixo no BTCBRL:
Tivemos o fechamento fora da linha superior do canal, conforme apontado pela seta vermelha, mas a continuidade do movimento não foi longa e a tendência foi revertida após alguns candles. Apesar disso, foi um rompimento válido e que deu algum gain para aqueles que o operaram.
Por outro lado, na imagem abaixo, podemos verificar dois rompimentos, apontados pelas setas em vermelho, que levaram o ativo por uma bonita sequência de alta.
Espero que tenham gostado do estudo! Deixe seu comentário e like! E não percam a parte 2 onde abordaremos configurações, estratégias e muito mais.
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