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Banco Portugal melhora levemente previsão crescimento 2023 para 1,8%

O Banco de Portugal, na sexta-feira, subiu ligeiramente a sua estimativa para o crescimento económico em 2023 para 1,8%, de 1,5% previstos em Dezembro, mas ainda assim desacelerando acentuadamente face aos 6,7% de 2021, já que a inflação e o aumento das taxas deverão penalizar o consumo privado.

No Boletim Económico de Março, o banco central espera que a inflação harmonizada em Portugal desacelere em 2023, mas deverá permanecer ainda num nível alto de 5,5%, após 8,1% no ano passado.

Os preços no consumidor harmonizados em Portugal tocaram os 8,6% em termos homólogos em Fevereiro, o mesmo valor que em Janeiro, mas a inflação subjacente, que exclui os preços voláteis de alimentos e energia, subiu 8,0% contra 7,8% no mês anterior.

O banco central vê o consumo privado - que representa dois terços do Produto Interno Bruto - quase estagnado este ano, depois de crescer 5,7% em 2022, dado que as famílias estão a lutar contra a alta inflação e o aumento das taxas de juro.

O banco central disse que "os principais riscos para o crescimento incluem o impacto da normalização da política monetária, o aumento das fricções nos mercados financeiros e o escalar do conflito na Ucrânia".

"As recentes tensões nos mercados financeiros implicam riscos adicionais de magnitude incerta", acrescentou.

Quanto à inflação, referiu que o principal risco advém de potenciais pressões internas, via aumentos de salários e das margens das empresas e "de políticas orçamentais que estimulem a procura".

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