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Rendimentos sobem com dados dos EUA apontando para resiliência econômica

Os rendimentos dos Treasuries subiam nesta quinta-feira, depois que dados econômicos mostraram resiliência na economia dos Estados Unidos, fortalecendo a manutenção da postura agressiva do Federal Reserve nos próximos meses, à medida em que o banco central norte-americano busca reduzir a inflação.

O Produto Interno Bruto subiu a uma taxa anualizada de 2,9% no último trimestre, informou o Departamento de Comércio em sua estimativa de crescimento do PIB do quarto trimestre nesta quinta-feira. A economia cresceu a um ritmo de 3,2% no terceiro trimestre. Economistas consultados pela Reuters previam que o PIB cresceria a uma taxa de 2,6%.

Um relatório separado do Departamento do Trabalho nesta quinta-feira mostrou que o mercado de trabalho permaneceu forte, com pedidos iniciais de auxílio-desemprego caindo em 6.000 para 186.000 com ajuste sazonal na semana encerrada em 21 de janeiro, abaixo dos 192.000 relatados na semana anterior.

O rendimento do Treasury referência de 10 anos US10Y subiu mais de dois pontos-bases após os dados, embora tenha reduzido os ganhos posteriormente e tenha sido visto depois em 3,478%, um pouco mais alto do que na quarta-feira.

O rendimento do Treasury de dois anos (US2YT=RR) , que tende a refletir as expectativas de política monetária, estava em 4,164%, quase três pontos-base acima da quarta-feira.

Antes da divulgação dos dados, os rendimentos já estavam em alta devido aos rendimentos dos títulos da zona do euro, que subiam nesta quinta-feira após declarações agressivas recentes de autoridades do Banco Central Europeu.

Depois de uma série de aumentos forte dos juros, o Fed deve realizar um aumento menor de 25 pontos-base na próxima semana, após indicações de desaceleração da inflação.

Os sinais de resiliência da economia podem ser vistos como suporte para o chamado cenário de "pouso suave", em que o Fed consegue conter a inflação sem causar recessão, mas investidores e analistas ainda apontam o risco de aperto excessivo devido a efeitos da política monetária que demoram mais para serem sentidos.

(Reportagem de Davide Barbuscia)

((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))

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