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Ibovespa testa 113 mil pontos pela 1ª vez desde fevereiro

O Ibovespa avançava cerca 2% nesta sexta-feira, acompanhando o viés positivo de praças acionárias e preços de commodities como petróleo e minério de ferro no exterior, com a pauta do dia destacando dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos.

Às 10:58, o Ibovespa IBOV subia 1,93%, a 112.701,14 pontos, caminhando para um desempenho positivo na semana, com alta de 1,62% até o momento. Na máxima, chegou a 113.069,55 pontos, nível que não atingia desde o começo de fevereiro. O volume financeiro no pregão somava 5,9 bilhões de reais.

Nos EUA, criação de vagas de emprego em maio superou as expectativas, mas uma moderação nos salários alimentava apostas de manutenção dos juros pelo Federal Reserve na reunião deste mês pela primeira vez em mais de um ano.

O Senado norte-americano também aprovou na quinta-feira projeto de lei que eleva o teto da dívida de 31,4 trilhões de dólares do governo, evitando o que teria sido o primeiro calote da história, corroborando o clima positivo nos mercados globais.

O clima benigno nos pregões era ainda apoiado por expectativas de estímulos adicionais à economia na China. De acordo com reportagem da Bloomberg, Pequim está trabalhando em novas medidas para apoiar o mercado imobiliário.

"As principais commodities em alta, junto com o melhor ambiente global para a tomada de risco, devem testar o fôlego dos ativos domésticos hoje", afirmou a equipe da Ágora Investimentos em relatório a clientes.

Alguns agentes financeiros também avaliam que o mercado entrou na tendência de melhora e que a posição técnica dos ativos parece favorável para tal movimento.

No caso do Brasil, os ativos também tem se beneficiado de sinais de queda da inflação e avanço da nova regra fiscal no Congresso Nacional, que se refletiram principalmente no alívio da curva de juros futuros e alta de ações cíclicas locais.

DESTAQUES

- CVC BRASIL ON CVCB3 saltava 9,92 %, a 3,99 reais, após divulgar mais cedo que está estudando a realização de uma potencial oferta de ações e que está conversando com potenciais investidores "estratégicos".

- MÉLIUZ ON CASH3 avançava 5,56 %, a 9,5 reais, após anunciar nesta sexta-feira que assinou na véspera acordo definitivo para venda da fintech Bankly para o banco BV por 210 milhões de reais.

- VALE ON VALE3 subia 3,71 %, a 67,58 reais, em meio a uma nova alta dos futuros do minério de ferro na China, com o contrato mais negociado em Dalian encerrando as negociações com alta de 2,9%.

- PETROBRAS PN PETR3 valorizava-se 1,41 %, a 27,34 reais, acompanhando o avanço dos preços do petróleo no exterior, com o barril de Brent BRN1! mostrando acréscimo de 2,5 %, a 76,14 dólares.

- ITAÚ UNIBANCO PN ITUB3 ganhava 0,86 %, a 26,93 reais, enquanto BRADESCO PN BBDC3 avançava 1,62 %, a 16,02 reais, acompanhando o clima comprador na bolsa paulista.

- VIA ON (VIIA3.SA) perdia 0,8 %, a 2,49 reais, após corte na recomendação dos papéis para "underweight" pelo JPMorgan, que também reduziu Magalu. MAGAZINE LUIZA ON MGLU3, porém, subia 1,72 %.

- TOTVS ON TOTS3 caía 1,96 %, a 29,5 0 reais, entre as poucas quedas do Ibovespa no dia. O UBS BB cortou a recomendação da ações para "neutra" e reduziu o preço-alvo de 36 para 34 reais.

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