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Ações e dólar sobem com economia dos EUA mais resiliente

Índices acionários globais subiam e o dólar se valorizava nesta quinta-feira, depois que uma série de dados mostrou uma economia dos Estados Unidos forte que está em desaceleração com o arrefecimento da inflação, um sinal de que o Federal Reserve pode conseguir realizar um pouso suave.

O Produto Interno Bruto norte-americano avançou a uma taxa anualizada de 2,9% no quarto trimestre de 2022, à medida que os consumidores aumentaram os gastos com bens, informou o Departamento de Comércio dos EUA. Mas o ímpeto desacelerou rapidamente no final do ano, quando a alta da taxa de juros erodiu a demanda.

O crescimento das despesas de consumo pessoal desacelerou de 2,3% no trimestre anterior para 2,1% na base anualizada, e o índice de preços do PIB, outra medida de inflação, desacelerou para 3,5%.

"(A economia dos EUA) não está em queda rápida o suficiente em relação a uma taxa de crescimento acima da tendência nos últimos três trimestres a ponto de criar qualquer folga no mercado de trabalho", disse Steven Ricchiuto, economista-chefe da Mizuho Securities USA LLC em Nova York.

Os mercados esperam cortes nos juros ainda este ano e, embora haja impulso nas ações, a temporada de resultados do quarto trimestre é decepcionante em parte, o que levou a correções nas expectativas de balanços corporativos, disse Laureline Renaud-Chatelain, estrategista de renda fixa da Pictet Wealth Management

Por volta de 13h30 (horário de Brasília), o índice S&P 500 SPX subia 0,05%, a 4.018,04 pontos; o Dow Jones DJI tinha queda de 0,21%, a 33.674,65 pontos, e o índice de tecnologia Nasdaq Composite IXIC avançava 0,38%, a 11.356,19 pontos.

O índice pan-europeu STOXX 600 SXXP fechou em alta de 0,42%, a 453,99 pontos.

O índice global de ações da MSCI EURONEXT:IACWI subia 0,18%.

No mercado de câmbio, o índice do dólar DXY --que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas-- subia 0,53%, a 102,090.

O euro EURUSD tinha queda de 0,50%, a 1,0860 dólar, que ao mesmo tempo avançava 0,69%, a 130,48 ienes USDJPY.

A libra GBPUSD devolvia 0,32%, a 1,2360 dólar, que por sua vez ganhava 0,40%, a 0,9215 franco suíço USDCHF.

O dólar australiano AUDUSD, muitas vezes tido como uma "proxy" de demanda por risco, desvalorizava-se 0,17%, a 0,7090 dólar norte-americano.

Na renda fixa, o rendimento do Treasury de dez anos US10Y --referência global para decisões de investimento-- subia 4,70 pontos-base, a 3,5094%.

A taxa do título de cinco anos (US5YT=RR) avançava 6,50 pontos-base, a 3,6085%.

O yield do Treasury de dois anos (US2YT=RR) --que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo-- tinha alta de 5,60 pontos-base, a 4,1929%.

O retorno do papel de 30 anos (US30YT=RR) mostrava acréscimo de 2,20 pontos-base, a 3,6463%.

A diferença entre os rendimentos dos Treasuries de dez e dois anos (US2US10=RR) --vista como um indicador de expectativas econômicas-- caía 0,10 ponto-base, a -68,53 pontos-base.

O spread entre as taxas dos títulos de 30 e cinco anos (US5US30=RR) recuava 0,91 ponto-base, a 3,62 pontos-base.

Já entre as commodities, o petróleo Brent BRN1! subia 1,48 dólar, ou 1,72%, a 87,60 dólares por barril, às 13:39 (de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos (WTI) CL1! avançava 1,42 dólar, ou 1,77%, a 81,57 dólares por barril.

O ouro à vista GOLD perdia 1,06%, a 1.925,32 dólares a onça troy.

No universo das criptomoedas, o bitcoin BTCUSD tinha queda de 0,33%, a 22.978,00 dólares. O ether ETHUSD recuava 1,25%, a 1.589,60 dólares.

((Tradução Redação Brasília))

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