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Ações caem após balanços alimentarem temores de recessão

Índices acionários globais caíram dos maiores níveis em cinco meses nesta quarta-feira, quando resultados corporativos alimentaram temores de recessão, assim como a inversão contínua dos rendimentos dos Treasuries de curto e longo prazo --um prenúncio de desacelerações econômicas.

No entanto, os principais índices de Wall Street reduziram suas perdas de forma acentuada, uma indicação de que muitos acreditam que uma desaceleração, juntamente com o aumento do desemprego, levará o Federal Reserve a pausar seu aperto monetário agressivo e cortar a taxa de juros em breve.

Os retornos dos Treasuries com vencimentos curtos estão invertidos, ou superiores aos retornos da dívida governamental de maior prazo, há algum tempo. A curva de rendimento dos Treasuries de três meses e dez anos estreitou nesta quarta-feira, mas ainda estava profundamente invertida em -121,7 pontos-base.

O setor corporativo norte-americano também sinalizou problemas à frente. Resultados abaixo do esperado divulgados pela Boeing nesta quarta-feira, em meio a restrições contínuas da cadeia de suprimentos, intensificaram preocupações com um crescimento mais lento, enquanto a Microsoft MSFT alertou que seus clientes estavam cautelosos sobre gastos em uma economia incerta em uma perspectiva decepcionante na terça-feira.

Futuros precificam uma probabilidade de 94,7% de uma alta de 0,25 ponto percentual nos juros quando os formuladores de política monetária do Fed encerrarem uma reunião de dois dias em 1º de fevereiro.

O Dow Jones DJI subiu 0,03%, para 33.743,84 pontos. O S&P 500 SPX perdeu 0,02%, para 4.016,22 pontos. O Nasdaq Composite IXIC caiu 0,18%, para 11.313,36 pontos.

O índice pan-europeu STOXX 600 SXXP terminou em queda de 0,29%, a 452,07 pontos.

O índice global de ações da MSCI EURONEXT:IACWI caiu 0,01%.

No mercado de câmbio, às 18:18 (de Brasília), o índice do dólar DXY --que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas-- caía 0,26%, a 101,650.

O euro EURUSD tinha alta de 0,25%, a 1,0912 dólar, que ao mesmo tempo cedia 0,45%, a 129,56 ienes USDJPY.

A libra GBPUSD apreciava 0,58%, a 1,2399 dólar, que por sua vez perdia 0,52%, a 0,9178 franco suíço USDCHF.

O dólar australiano AUDUSD valorizava-se 0,82%, a 0,7105 dólar norte-americano.

Na renda fixa, o rendimento do Treasury de dez anos US10Y --referência global para decisões de investimento-- caía 2,20 pontos-base, a 3,4452%.

A taxa do título de cinco anos (US5YT=RR) recuava 3,20 pontos-base, a 3,5505%.

O yield do Treasury de dois anos (US2YT=RR) --que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo-- tinha queda de 2,20 pontos-base, a 4,1312%.

O retorno do papel de 30 anos (US30YT=RR) mostrava decréscimo de 2,20 pontos-base, a 3,5986%.

A diferença entre os rendimentos dos Treasuries de dez e dois anos (US2US10=RR) --vista como um indicador de expectativas econômicas-- subia 6,80 pontos-base, a -68,96 pontos-base.

O spread entre as taxas dos títulos de 30 e cinco anos (US5US30=RR) aumentava 1,87 ponto-base, a 4,65 pontos-base.

Já entre as commodities, o petróleo Brent BRN1! fechou em queda de 0,01 dólar, ou 0,01%, a 86,12 dólares por barril. O petróleo dos Estados Unidos (WTI) CL1! fechou em alta de 0,02 dólar, ou 0,02%, a 80,15 dólares por barril.

O ouro à vista GOLD ganhava 0,44%, a 1.945,94 dólares a onça troy.

No universo das criptomoedas, o bitcoin BTCUSD subia 1,22%, a 22.913,00 dólares. O ether ETHUSD avançava 1,45%, a 1.579,10 dólares.

((Tradução Redação Brasília))

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