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Sindicatos espanhóis querem aumentar em 18% salários dos trabalhadores grandes retalhistas

Sindicatos que representam alguns dos 234.000 trabalhadores da grande distribuição em Espanha, tais como Carrefour CA, IKEA e cadeia de lojas El Corte Ingles planeiam exigir aumentos salariais de pelo menos 18% para compensar os efeitos do aumento da inflação.

O sindicato CCOO, um dos maiores de Espanha, disse que procurará na próxima ronda de negociações que terá início em Janeiro cláusulas que permitam revisões caso a inflação acelere ainda mais, para além do aumento mínimo de 18% ao longo dos próximos quatro anos.

O FASGA, outro sindicato, exige um aumento de quase 20% ao longo de quatro anos.

"O ambiente inflacionista já está a gerar uma perda do poder de compra dos trabalhadores que tem de ser abordada e corrigida no próximo acordo", disse o CCOO numa declaração.

ANGED, a associação empresarial que representa alguns dos maiores retalhistas em Espanha recusou-se a comentar, uma vez que as negociações com os sindicatos ainda não começaram.

Os retalhistas, também sob pressão do governo espanhol para manter os preços baixos, afirmaram que já estão a fazer "um esforço extraordinário" para evitar, tanto quanto possível, repercutir os custos crescentes, tais como a energia, nos consumidores.

Os retalhistas e as empresas europeias em geral enfrentam exigências crescentes por parte dos seus trabalhadores para que os aumentos salariais de dois dígitos correspondam ou ultrapassem a inflação, que se situa em máximos de três décadas ou quase. Os salários mais elevados, por sua vez, são susceptíveis de elevar os preços dos bens e serviços mais abaixo.

A inflação espanhola a 12 meses situou-se em 10,5% em Agosto.

Texto integral em inglês:

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