ReutersReuters

Minério de ferro sobe com menores restrições da Covid na China apesar da alta dos casos

Os contratos futuros de minério de ferro subiram nesta sexta-feira, conforme a China afrouxava algumas de suas regras relacionadas à Covid-19, tomando medidas ousadas um dia depois que o novo órgão de liderança do país enfatizou a necessidade de minimizar o impacto da contenção de surtos na segunda maior economia do mundo.

Os preços de referência para produtos e outros insumos siderúrgicos na China, maior produtora de aço do mundo, também aumentaram os ganhos depois que as autoridades anunciaram as medidas.

O minério de ferro mais negociado para janeiro na Dalian Commodity Exchange da China TIO1! encerrou as negociações diurnas com alta de 5%, a 708,50 iuanes (99,86 dólares) a tonelada, depois de atingir seu maior valor desde 12 de outubro, a 720 iuanes.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato de dezembro de referência do ingrediente siderúrgico (SZZFZ2) subiu para 8,2%, para 93,60 dólares a tonelada.

O sentimento do mercado já estava otimista antes de que a China anunciasse o relaxamento de restrições da Covid-19, apesar do aumento no número de novos casos e do Comitê Permanente do Politburo reafirmando a política de Covid-zero de Pequim.

As novas regras, que incluem um tempo de quarentena mais curto para contatos próximos de casos e para viajantes de entrada, estavam entre as medidas examinadas na reunião do comitê de quinta-feira.

Os ganhos desta semana no complexo ferroso da China, no entanto, pareceram carecer de suporte dos fundamentos.

Atualmente, o apetite chinês por minério de ferro está fraco, já que as siderúrgicas optaram por reduzir a produção, enquanto lidam com as perdas da fraca demanda em parte devido à piora no setor imobiliário.

Os cortes usuais de produção de aço de inverno também estão se aproximando na China, o que provavelmente manterá a demanda de minério de ferro moderada pelo menos nos próximos quatro meses.

(Por Enrico Dela Cruz em Manila)

((Tradução Redação São Paulo))

Entrar ou criar uma conta gratuita para ler essa notícia