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Mercados reavaliam apostas em alta de juros pelo Fed e dólar caminha para queda na semana

O dólar subia nesta sexta-feira mas ainda deve encerrar a semana com declínio, conforme os operadores buscam sinais de que a inflação nos Estados Unidos atingiu o pico.

Dados de inflação dos EUA na quarta e quinta-feiras ficaram abaixo do esperado, impulsionando ativos mais arriscados como ações e enfraquecendo o dólar, já que os mercados interpretaram isso como uma indicação de que o Fed poderia ser menos agressivo nos aumentos dos juros.

Mas autoridades do Fed deixaram claro que continuarão a apertar a política monetária. A presidente do Federal Reserve de São Francisco, Mary Daly, disse na quinta-feira que está aberta à possibilidade de outro aumento de 0,75 ponto percentual em setembro para combater a inflação muito alta.

Às 8:23 (de Brasília), o índice do dólar DXY --que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas-- subia 0,43%, a 105,570, mudando de rumo após quatro dias de perdas que o colocaram no caminho para um declínio semanal de 1%.

O dólar subia 0,61%, a 133,81 ienes USDJPY.

Operadores precificavam chances em torno de 36,5% de um aumento de 0,75 ponto dos juros pelo Fed em setembro e uma chance de 63,5% de 0,50 ponto. (IRPR)

"Acreditamos que serão necessárias muito mais evidências de desaceleração do núcleo da inflação para moderar o aperto do Fed", disse Paul Mackel, chefe global de pesquisa cambial do HSBC, em nota aos clientes.

"A inflação também é um problema global, não apenas dos EUA, e, portanto, o crescimento global e a dinâmica da inflação também impulsionarão o dólar", disse ele.

O euro EURUSD caía 0,36%, a 1,0280 dólar.

((Tradução Redação São Paulo, 55 11 5047 2984))

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