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Ações e rendimentos de títulos caem após dados dos EUA piorarem perspectivas sobre juros do Fed

As ações mundiais caíam ainda mais e os rendimentos dos Treasuries enfraqueciam nesta quarta-feira, uma vez que novos dados dos Estados Unidos sobre produtividade de trabalhadores superou as previsões, mas ampliou uma tendência de fraqueza, e piorou ainda mais o debate sobre até que ponto e com que rapidez a taxa de juros dos EUA subirá.

A produtividade no terceiro trimestre se recuperou em um ritmo um pouco mais rápido do que se pensava inicialmente. Economistas disseram que a leitura apontou custos trabalhistas elevados e uma inflação que permanecerá alta, o que intensificará a pressão sobre o Federal Reserve para continuar a elevar os juros.

Mas os rendimentos de referência dos EUA e o dólar recuavam.

O índices S&P 500 e Nasdaq cediam e se somavam à liquidação do dia anterior após alertas de três grandes bancos dos EUA sobre uma recessão iminente, enquanto questões sobre o quão enraizada a inflação pode ficar mantiveram viva a incerteza sobre a trajetória da política monetária do Fed à frente.

Muitos no mercado acreditam que a inflação está perto de se moderar e que os rendimentos dos títulos atingiram o pico, o que permitiria que o Fed e outros bancos centrais comecem a desacelerar os incrementos dos juros quando os formuladores de política monetária se reunirem na próxima semana.

Embora o presidente do Fed, Jerome Powell, tenha alertado que a luta contra a inflação está longe de terminar, ele disse no final do mês passado que o banco central poderia diminuir o ritmo de seus movimentos de juros já em dezembro.

Os comentários de Powell levaram o mercado a precificar uma taxa terminal mais baixa, ou o pico no qual o Fed deixará de subir os custos dos empréstimos. Os futuros de juros do Fed mostraram que o pico da taxa básica na quarta-feira era de 4,933%, abaixo da máxima recente de 5,1%.

Às 15:20 (de Brasília), o índice S&P 500 SPX perdia 0,13%, a 3.936,25 pontos, enquanto o Dow Jones DJI subia 0,21%, a 33.668,40 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite IXIC recuava 0,41%, a 10.969,64 pontos.

O índice pan-europeu STOXX 600 SXXP caiu 0,62%, a 436,20 pontos.

O índice global de ações da MSCI EURONEXT:IACWI recuava 0,39%.

No mercado de câmbio, o índice do dólar DXY --que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas-- caía 0,52%, a 105,000.

O euro EURUSD tinha alta de 0,51%, a 1,0522 dólar, que ao mesmo tempo cedia 0,60%, a 136,23 ienes USDJPY.

A libra GBPUSD apreciava 0,74%, a 1,2227 dólar, que por sua vez perdia 0,24%, a 0,9393 franco suíço USDCHF.

O dólar australiano AUDUSD, muitas vezes tido como uma "proxy" de demanda por risco, valorizava-se 0,70%, a 0,6739 dólar norte-americano.

Na renda fixa, o rendimento do Treasury de dez anos US10Y --referência global para decisões de investimento-- caía 6,90 pontos-base, a 3,444%.

A taxa do título de cinco anos (US5YT=RR) recuava 8,40 pontos-base, a 3,6499%.

O yield do Treasury de dois anos (US2YT=RR) --que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo-- tinha queda de 9,20 pontos-base, a 4,2685%.

O retorno do papel de 30 anos (US30YT=RR) mostrava decréscimo de 7,60 pontos-base, a 3,4466%.

A diferença entre os rendimentos dos Treasuries de dez e dois anos (US2US10=RR) --vista como um indicador de expectativas econômicas-- subia 1,05 ponto-base, a -82,63 pontos-base.

O spread entre as taxas dos títulos de 30 e cinco anos (US5US30=RR) aumentava 0,39 ponto-base, a -20,4 pontos-base.

Já entre as commodities, o petróleo Brent BRN1! recuava 1,52 dólar, ou 1,92%, a 77,83 dólares por barril, às 15:20 (de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos (WTI) CL1! caía 1,60 dólar, ou 2,15%, a 72,65 dólares por barril.

O ouro à vista GOLD ganhava 0,81%, a 1.785,21 dólares a onça troy.

No universo das criptomoedas, o bitcoin BTCUSD tinha queda de 1,52%, a 16.827,00 dólares. O ether ETHUSD recuava 2,84%, a 1.235,30 dólares. down 1,92%

((Tradução Redação Brasília))

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