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Petroleiras independentes elevam reservas após comprar ativos da Petrobras, diz consultoria

Com os desinvestimentos da Petrobras PETR3 em ativos maduros, novas operadoras de menor porte deverão investir cerca de 10 bilhões de dólares na próxima década, impulsionando a produção desses ativos até 2027 e aumentando as reservas em 980 milhões de barris de óleo equivalente até 2035, apontou um estudo da Wood Mackenzie.

"Por vários anos, a Petrobras reduziu seus investimentos em ativos maduros, o que proporcionou uma oportunidade para operadoras de médio porte renovarem a perfuração nessas áreas e desenvolverem operações de produção mais eficientes", disse em nota Amanda Bandeira, analista de Upstream da América Latina para Wood Mackenzie.

"Isso aumentará significativamente a produção e as reservas para a próxima década".

Bandeira destacou ainda que a Petrobras deverá representar 61% da produção brasileira em 2030, ante os 84% em 2015, à medida que a produção das 'majors' e das operadoras independentes crescer.

Já a produção das operadoras independentes deverá atingir o pico de 485.000 barris de óleo equivalente por dia (boe/d) até 2027, antes que a maturidade dos ativos ultrapasse a atividade de desenvolvimento e a produção comece a declinar.

As empresas deste estudo incluem: 3R Petroleum, BW Energy, Enauta, Eneva, Grupo Cobra, Karoon Energy, Origem Energia, Perenco, PetroReconcavo, Prio, Seacrest Capital e Trident Energy.

"Embora veremos crescimento para essas empresas no curto prazo, os recursos são finitos e elas terão que se ajustar a novas estratégias quando esses ativos maduros não forem mais produtivos", disse Vinicius Diniz Moraes, analista de Upstream da América Latina da Wood Mackenzie.

"Já vemos alguns movimentos para reforçar as perspectivas de longo prazo por meio de fusões e aquisições e exploração. A otimização de ativos tardios também será um foco, para maximizar a vida operacional de seus portfólios de ativos maduros. Alguns estarão melhor posicionados do que outros".

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