ReutersReuters

Wall St e petróleo sobem com alívio em cenário para alta de juros; dólar cai

As ações em Wall Street deixaram os picos mas ainda subiam nesta quinta-feira, enquanto o dólar caía, à medida que novos sinais de arrefecimento da inflação reforçavam perspectivas de que o Federal Reserve pode desacelerar os aumentos de juros, mesmo com as autoridades alertando que a luta para domar a alta dos preços está longe de terminar.

Dados nesta quinta-feira mostraram que os preços ao produtor dos EUA caíram inesperadamente em julho, em meio a uma queda no custo de produtos de energia. Um dia antes, o governo já havia informado que os preços ao consumidor norte-americano permaneceram inalterados em julho, devido à queda nos custos da gasolina.

Os rendimentos dos Treasuries ganharam tração, antes de o Departamento do Tesouro vender novos títulos de 30 anos, mesmo após a surpresa benigna com os dados de inflação.

Dois dias seguidos de dados de inflação mais brandos davam a investidores esperança de que os preços em alta estão finalmente "atingindo o pico e indo na direção certa", de acordo com Joe Saluzzi, um dos gerentes de negociação da Themis Trading em Chatham, Nova Jersey.

Mas ele advertiu que este era um "ponto de dados de um mês".

"Você ainda quer ver uma tendência no próximo mês e ver que não é necessariamente apenas (o componente de) energia (no índice de inflação). Você quer ver outros preços caindo. Ainda é cedo no jogo", disse Saluzzi.

Apesar dos dados encorajadores, autoridades do Fed não têm deixado dúvidas de que continuarão a apertar a política monetária até que as pressões sobre os preços sejam totalmente debeladas.

Às 13:08 (de Brasília), o índice S&P 500 SPX ganhava 0,35%, a 4.225,01 pontos, enquanto o Dow Jones DJI subia 0,44%, a 33.455,66 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite IXIC recuava 0,07%, a 12.846,25 pontos.

O índice pan-europeu STOXX 600 SXXP fechou em ligeira alta de 0,06%, a 440,16 pontos.

No mercado de câmbio, o índice do dólar DXY --que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas-- caía 0,24%, a 104,970.

O euro EURUSD tinha alta de 0,33%, a 1,0331 dólar, que ao mesmo tempo cedia 0,11%, a 132,72 ienes USDJPY.

A libra GBPUSD devolvia 0,04%, a 1,2220 dólar, que por sua vez perdia 0,28%, a 0,9397 franco suíço USDCHF.

O dólar australiano AUDUSD, muitas vezes tido como uma "proxy" de demanda por risco, valorizava-se 0,52%, a 0,7114 dólar norte-americano.

Na renda fixa, o rendimento do Treasury de dez anos US10Y --referência global para decisões de investimento-- subia 5,80 pontos-base, a 2,8385%.

A taxa do título de cinco anos (US5YT=RR) avançava 2,00 pontos-base, a 2,9422%.

O yield do Treasury de dois anos (US2YT=RR) --que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo-- tinha queda de 1,20 ponto-base, a 3,2019%.

O retorno do papel de 30 anos (US30YT=RR) mostrava acréscimo de 7,60 pontos-base, a 3,1177%.

A diferença entre os rendimentos dos Treasuries de dez e dois anos (US2US10=RR) --vista como um indicador de expectativas econômicas-- subia 7,24 pontos-base, a -36,52 pontos-base.

O spread entre as taxas dos títulos de 30 e cinco anos (US5US30=RR) aumentava 6,47 pontos-base, a 17,39 pontos-base.

Já entre as commodities, o petróleo Brent BRN1! subia 1,66 dólar, ou 1,70%, a 99,06 dólares por barril, às 13:08 (de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos (WTI) CL1! avançava 1,71 dólar, ou 1,86%, a 93,64 dólares por barril.

O ouro à vista GOLD perdia 0,10%, a 1.790,30 dólares a onça troy.

No universo das criptomoedas, o bitcoin BTCUSD subia 1,65%, a 24.360,00 dólares. O ether ETHUSD avançava 1,97%, a 1.891,20 dólares.

((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447757))

Entrar ou criar uma conta gratuita para ler essa notícia