Moedas da América Latina ganham terreno com dólar em queda após PMI dos EUA
As moedas latino-americanas valorizavam-se nesta segunda-feira, e o real zerou as perdas de mais cedo, já que o dólar caía no mundo após dados sinalizarem que a inflação nos EUA provavelmente atingiu o pico.
As ações na América Latina caíam, em linha com as ações dos EUA. Uma série de dados preocupantes de atividade fabril em todo o mundo, especialmente da China, reforçou temores de recessão.
Mas a promessa de Pequim de que a estabilidade do mercado é a principal prioridade ajudou os mercados chineses a terminar em alta, dando suporte aos mercados de ações emergentes de forma geral EEFS.
Nos EUA, a atividade manufatureira desacelerou menos do que o esperado em julho e houve sinais de que as restrições de oferta estão diminuindo, com um indicador de preços pagos por insumos pelas fábricas caindo a uma mínima em dois anos.
Os dados deram peso a apostas de que o Federal Reserve pode não ser mais agressivo do que o previsto em sua reunião de política monetária em setembro, o que prejudicava o dólar DXY.
Na América Latina, o peso mexicano USDMXN ganhava 0,2%, em alta em cinco dos últimos seis pregões.
À medida que os preços do cobre subiam, o maior exportador do metal vermelho, o Chile, via sua moeda USDCLP subir 1,2%.
O peso colombiano USDCOP saltava 1,1% a despeito da forte queda nos preços do petróleo nesta sessão BRN1!, CL1!.
O real (BRBY) abandonou perdas de quase 0,5% mais cedo e ganhava 0,1%. O Banco Central deve elevar a Selic em mais 0,50 ponto percentual na próxima quarta-feira, levando a taxa básica de juros a 13,75% ao ano.
Robin Brooks, economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), avalia que o real continua "extremamente desvalorizado" dado o significativo superávit comercial do Brasil, atribuindo à moeda um valor justo de 4,50 por dólar, o que equivale a uma alta de mais de 10% em relação aos níveis atuais.
Mas a volatilidade deve aumentar antes das eleições presidenciais de outubro.
((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447757))