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Moedas latino-americanas recuam em fim de semestre turbulento

O real liderava as perdas entre as moedas latino-americanas nesta quinta-feira, conforme o apetite por risco era atingido ao final de um primeiro semestre turbulento, enquanto o peso colombiano recuava antes do que pode vir a ser o maior aumento de juros no país em 24 anos.

Preocupações com as consequências do conflito em andamento entre a Rússia e a Ucrânia e movimentos agressivos de bancos centrais provocados pela inflação têm mantido os investidores nervosos até agora neste ano.

Com uma recessão nas principais economias se tornando mais provável à medida que os bancos centrais permanecem firmes no aperto monetário, os ativos de risco podem continuar sofrendo.

O índice da MSCI para ações de mercados emergentes EEFS perde cerca de 18% desde o início do ano, seu pior primeiro semestre desde pelo menos 2008. A queda de 4% de seu par que acompanha as moedas regionais (.MIEM00000CUS) é a pior desde os primeiros seis meses de 2020, marcados pelos efeitos da pandemia de Covid-19.

O real (BRBY) perdia acentuadamente nesta sessão, e acumula queda de cerca de 10% no trimestre. Isso se compara a baixa de apenas 1,4% do peso mexicano USDMXN, importante par da moeda brasileira, no mesmo período.

Na Colômbia, importante produtora de petróleo, o peso USDCOP perdia 0,6% nesta quinta-feira, antes de uma decisão de política monetária do banco central local. A taxa básica de juros do país deve ser elevada em 1,50 ponto percentual, para 7,50%.

Enquanto isso, a recente queda nos preços das commodities e protestos no Chile e no Peru derrubaram as moedas de ambos os países, os maiores exportadores mundiais de cobre.

O peso chileno USDCLP caminha para seu pior trimestre desde o período de abril a junho de 2008, acumulando queda de 16%.

((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447723))

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