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Moedas de exportadores de commodities avançam; rublo salta no mercado offshore

As moedas de economias exportadoras de commodities subiram nesta quarta-feira, enquanto os preços do petróleo e dos metais dispararam após a imposição de fortes sanções contra a Rússia por sua invasão à Ucrânia. O rublo ampliou sua divergência entre as negociações onshore e offshore.

A moeda russa fechou as negociações em Moscou (RUBUTSTN=MCX) a 106 por dólar, após atingir nova mínima de 110 por dólar, enquanto no mercado interbancário a divisa saltou quase 10% no pregão estendido, indo abaixo de 100 por dólar.

Especialistas de mercado veem continuação dessa tendência, dadas as restrições às transações com a Rússia.

Em questão de semanas, a Rússia passou de um destino de investimento lucrativo e rico em petróleo para um pária financeiro. Os riscos de o país não pagar sua dívida também aumentaram.

As ações russas ainda não foram negociadas nesta semana, mas os fundos negociados em bolsa (ETFs, na sigla em inglês) (RSX.P), (ERUS.N), (FLRU.N) despencaram para mínimas recordes. Várias grandes marcas globais, como a empresa de energia Exxon XOM e a fabricante de aviões Boeing BA, suspenderam as operações na Rússia enquanto o país continuar a atacar a Ucrânia.

Países exportadores de petróleo se beneficiavam da crise, após os preços da commodity saltarem para mais de 110 dólares o barril, com expectativas de que o mercado permanecerá com falta de oferta nos próximos meses. Os preços dos metais também subiam, por preocupações de que as sanções possam afetar a oferta.

As moedas de México USDMXN, Brasil (BRBY) e Colômbia USDCOP subiram entre 0,1% e 1,3%. O peso chileno USDCLP e o sol peruano USDPEN tiveram alta com os ganhos nos preços do cobre.

O rand da África do Sul USDZAR, país rico em commodities, superou perdas atingidas mais cedo na sessão para negociar em alta de 0,8%.

((Tradução Redação Brasília))

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