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Países da Ásia correm para obter vacina devido a limites de exportação da Índia

Vários países da Ásia correram para encontrar fontes alternativas de vacinas contra Covid-19 nesta terça-feira, já que restrições de exportação da fabricante Índia deixaram um programa global de compartilhamento de vacinas apoiado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com uma escassez de suprimentos.

Coreia do Sul, Indonésia e Filipinas estão entre os países que serão prejudicados por atrasos de entregas de vacinas que lhes foram prometidas pelo programa Covax, que foi criado principalmente para garantir suprimentos a países mais pobres.

"Nosso aumento planejado de vacinações diárias será afetado", disse Carlito Galvez, chefe de vacinação das Filipinas, aos repórteres.

A Índia, a maior fabricante mundial de vacinas, decretou uma suspensão temporária das exportações da vacina da AstraZeneca AZN, fabricada pelo Instituto Serum da Índia (SII), enquanto as autoridades se concentram em atender uma demanda doméstica crescente.

O Instituto Serum deve entregar 90 milhões de doses de vacina ao Covax ao longo de março e abril e, embora não estivesse claro de imediato quantas serão destinadas ao uso interno, facilitadores do programa alertaram que atrasos nas entregas são inevitáveis.

A Coreia do Sul confirmou que só receberá 432 mil das 690 mil doses que lhe foram prometidas e que a entrega destas será adiada até aproximadamente a terceira semana de abril.

China e Rússia se preparam para preencher a lacuna. "Temos boas relações diplomáticas com China e Rússia e estamos perguntando se podemos ter acesso às vacinas deles em abril", disse Galvez.

(Por Sangmi Cha em Seul, Rocky Swift em Tóquio, Stanley Widianto em Jacarta, Neil Jerome Morales em Manila e James Pearson em Hanói)

((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447505))

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