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Smart Summit : Cripto é inevitável, diz diretor da Transfero

Inevitável. Essa foi a palavra escolhida pelo diretor da Transfero, Rodrigo Stallone para definir criptoativos. A fala foi durante a abertura do último dia de debates na sala web3 do Smart Summit na sexta-feira (3).

Stallone participou do painel junto com o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação da Prefeitura do Rio de Janeiro, Chicão Bulhões e Marcelo Sampaio, da Hashdax. A mesa teve a mediação do Especialista em Conteúdo e Inovação empresarial da casa FIRJAN, Iuri Campos.

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Bulhões falou sobre as inovações tecnológicas da cidade, citou um dos projetos do Sandbox regulatório já usará drones e inteligência artificial para fazer entregas na cidade carioca.

Ele disse que a prefeitura também já está estudando a viabilidade e as questões técnicas para a Crypto Rio, a futura criptomoeda carioca. O diretor da Transfero, adiantou no palco em primeira mão que a empresa já se inscreveu para participar como prestadora de serviços do processo de pagamento de IPTU com cripto, uma vez que o Tesouro precisa de plataformas em conformidade com a Lei para fazer a conversão do cripto para o fiduciário.

Rio de Janeiro avança na adoção cripto

Primeiramente, as exchanges e plataformas interessadas em prestar serviços deve procurar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação da Prefeitura do Rio de Janeiro.

O Rio de Janeiro já se consolidou como o primeiro hub cripto brasileiro com várias iniciativas da prefeitura como por exemplo, incentivos fiscais para empresa de tecnologia se mudarem para o Porto Maravallley. O local, na região portuária da cidade, também abriga o projeto do Instituto de Matemática Pura e Aplicada, com cursos para jovens carentes.

A empregabilidade é de 80% no curso do Instituto de Matemática Pura e Aplicada, conta Chicão.

CVM quer expandir mercado de capitais

O presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), João Pedro Nascimento marcou presença no evento de investimentos, mercados financeiros e cripto.

Em seguida, Nascimento falou sobre as futuro e oportunidades no Rio de Janeiro.

“O interessante é a gente tentar construir um Brasil de Todos e para Todos.”

O executivo também falou sobre o futuro verde e digital citando uma parceria com a prefeitura carioca para o Centro de Finanças do Amanhã: “Eu acredito que vai ser importante. É uma parceria entre a CVM e a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. Nós entendemos que será um hub para atração de novas oportunidades”.

Banco Central avança para a digitalização

João Nascimento citou também a agenda tecnológica e digital do Banco Central citando as iniciativas do Pix, Open Finance como grandes democratizadores do sistema financeiro e falou sobre DeFi ser uma grande oportunidade.

“Olhando para a turma de mercado financeiro, o open capital market dialoga muito com a pauta das Finanças Descentralizadas aplicadas ao mercado de capitais. Portanto, estamos trabalhando dentro da agenda regulatória de 2023, uma regra de portabilidade dos fundos. A possibilidade de transferência de custódia. É o PIX de mercado de capitais”.

De maneira descomplicada o usuário poderá escolher a plataforma escolhida para investir. Isso ainda não existe no Brasil, destacou o presidente da Autarquia. Atualmente esse processo de migrar de corretoras é custoso.

Cripto não pode ser 24/7, diz presidente da CVM

Sobre o investimento em cripto ser 24/7, o presidente da CVM disse não achar bom: “Várias questões do ponto de vista da teoria da regulação, testadas no Brasil e no exterior, revelam que, se você tiver um horário muito estendido, você pode ter operações atípicas, interferências, casamento de ordens em horários não tradicionais “explica João Nascimento.

No entanto, o executivo disse que “existe sim uma funcionalidade em ampliar um pouquinho o horário de funcionamento do mercado organizado. Primeiro para atrair para dentro do mercado pessoas que olham para esses outros mercados não regulados – como muito atrativos – para um tema como esse – e para democratizar o mercado. Ter mais pessoas participando do mercado”.

Assim sendo, a ideia é que as pessoas possam chegar em casa e ter algumas horas para trabalhar em suas carteiras, falar com assessores de investimento e poder liquidar a operação no mesmo dia e não o mercado funcionando 24/7.

“A gente vem chamando de revisão do marketplace. Faremos de maneira responsável, respeitosa, pois há vários efeitos. Não dá para colocar também um horário muito longo, porque, por exemplo, no regime tradicional, as divulgações de fatos relevantes, comunicados ao mercado têm que ser feitos 1 hora após o encerramento do pregão e 1 hora antes da abertura do pregão. Quem sabe aumentar uma ou duas horinhas de funcionamento pode aumentar até a nossa criticidade”, disse João Nascimento na Plenária do Smart Summit

O presidente também afirmou que trabalha em uma agenda digital e precisa contratar mais profissionais para autarquia, que não tem um concurso público desde 2010.