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Qual é a previsão para o EUR/USD até ao final de 2020?

FX:EURUSD   Euro / Dólar Americano
Como será o desempenho económico da UE no segundo semestre de 2020. Qual é a previsão para o EUR/USD até ao final de 2020?

Os dados preliminares que saíram para a economia europeia apontam para a sua pior contração registada no primeiro trimestre.
A desaceleração ocorreu, em grande parte, pelo congelamento da atividade das empresas e consumo das famílias na maior parte do mês de março, devido a medidas adotadas pelos governos para conter a propagação da pandemia.

De acordo com dados de institutos estatísticos nacionais, a Covid-19 causou fortes quedas na procura interna e externa em França, Itália e Espanha, enquanto as contrações nas economias da Zona Euro mais pequenas eram consideráveis, mas menos severas. As perspetivas para o segundo trimestre são ainda mais negativas, devido a medidas de bloqueio prolongadas, onde se espera uma quebra da atividade económica ainda maior – a quebra da confiança dos consumidores e das empresas bem como a contração dos setores de Manufatura e Serviços apontam para uma redução significativa do produto. Para amortecer o impacto económico da crise, os ministros da zona euro lançaram um pacote de emergência no valor de 540 mil milhões de euros; no entanto, permaneceram profundamente divididos sobre estímulos pós-crise.

Um possível consenso do impacto económico prevê que a economia da União Europeia possa descer por volta de 8% este ano, onde o pior cenário aponta para 13% do PIB– esta diferença reflete bem a incerteza presente relativamente ao futuro.

Previsão do par EUR/USD

À medida que crescem os receios de uma segunda vaga de infeções do novo coronavírus, uma rutura do par para o lado negativo parece cada vez mais provável.
Para já, esses receios estão a sobrepor-se à esperança de um alívio das restrições sociais que possam permitir o reinício da atividade económica normal. Isso significa, por sua vez, que os fundos irão provavelmente fluir para ativos de refúgio, como o dólar americano, em detrimento de ativos mais arriscados como o euro, o dólar australiano, a libra esterlina e o mercado acionista. Mesmo que os Estados Unidos se tornem menos atrativos para o investimento, a sua atração será superior em relação à maioria das outras partes do mundo.

Além disso, as negociações comerciais pós-Brexit entre o Reino Unido e a UE continuam a fazer poucos progressos. É provável que isso atinja a libra britânica com mais força do que o euro, mas continua a ser mais um fator negativo para o EUR/USD.


Frederico Aragão Morais,
Market Analyst na Teletrade Portugal
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