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Ibovespa fecha em alta com dados de inflação no Brasil e nos EUA

O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira, com esperanças de um início de corte de juros pelo Federal Reserve em setembro após uma leitura de inflação nos Estados Unidos dentro das expectativas, além de um aumento menor do que o esperado no IPCA-15 no Brasil.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa IBOV subiu 1,51%, a 126.526,27 pontos, acumulando na semana valorização de 1,12%.

Na máxima do dia, o Ibovespa chegou a 126.826,13 pontos. Na mínima, a 124.650,92 pontos. O volume financeiro no pregão somou 19,56 bilhões de reais.

No início do dia, ofereceu certo alívio aos investidores a divulgação do índice de preços PCE, uma das medidas favoritas do Fed para monitorar a inflação, mostrando uma alta de 0,3% em março, em linha com as expectativas.

Para Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, o mercado estava cauteloso em relação à trajetória dos juros nos EUA, e a leitura do PCE "não trouxe preocupação", reforçando apostas de um primeiro corte de juros em setembro.

O retorno dos Treasuries de dez anos US10Y marcava 4,6650% no final da tarde, de 4,7060% na véspera, enquanto em Nova York os índices acionários fecharam em alta, impulsionados também por balanços robustos de Alphabet GOOG, controladora do Google, e Microsoft MSFT, divulgados na véspera.

Junto a isso, o IPCA-15, prévia da inflação no Brasil, subiu 0,21% em abril, menos do que o esperado em pesquisa da Reuters, de alta de 0,29%, com uma queda nos custos de transportes compensando o peso dos preços de alimentos, levando a taxa em 12 meses a ficar abaixo de 4%.

Segundo o analista da Buena Vista Capital Renato Nobile, o dado resultou na melhora na curva de juros doméstica, com retomada das expectativas de um corte de 0,5 ponto percentual (p.p.) pelo Banco Central.

"O mercado tinha expectativa de uma queda de 0,25 p.p. na próxima reunião (do BC), já aumentou a probabilidade para uma expectativa de 0,50 p.p. novamente", disse Nobile.

As taxas futuras dos DIs no Brasil recuaram nesta sexta-feira, enquanto o dólar fechou em forte queda ante o real.

"Foi um dia de 'alinhamento dos astros' em termos de notícias", resumiu o analista.

DESTAQUES

- VALE ON VALE3 subiu 0,84%, a 62,74 reais, conforme os futuros do minério de ferro tiveram a terceira semana consecutiva de alta na China. No dia, o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou o dia com variação positiva de 0,06%.

- PETROBRAS PN PETR3 avançou 0,78%, a 41,41 reais, com agentes financeiros acompanhando os desdobramentos relacionados à distribuição de dividendos extraordinários da estatal, em decisão tomada após série de polêmicas que colocaram em lados opostos integrantes do conselho da estatal indicados pelo governo e o presidente-executivo Jean Paul Prates. "O fato de o governo não tensionar tanto esse 'cabo de guerra' é um sinal bem visto pelo mercado", destacou Lima, da Ouro Preto Investimentos. PETROBRAS ON PETR3 subiu 1,46%, a 43,75 reais. Os preços do petróleo no exterior também mostraram tendência positiva, com os futuros do petróleo Brent BRN1! encerrando em alta de 0,55%, a 89,50 dólares o barril.

- MULTIPLAN ON MULT3 subiu 4,03%, a 24 reais, após a operadora de shopping centers reportar na noite da véspera lucro líquido de 267 milhões de reais no primeiro trimestre, uma alta de 28,9% frente ao mesmo período do ano anterior. ALLOS ON AALOS3, que divulga resultado trimestral no próximo mês, avançou 4,43%, a 21,45 reais.

- GPA ON PCAR3 recuou 2,47%, a 2,76 reais, em dia de ajustes, após acumular até a véspera salto de 14,57% na semana, enquanto CASAS BAHIA ON BBHIA3 perdeu 1,45%, a 5,44 reais, quarto pregão consecutivo de queda.

- HYPERA ON HYPE3 subiu 5,16%, a 28,55 reais, antes de divulgação, após o fechamento do mercado, de resultado do primeiro trimestre deste ano.

- ITAÚ UNIBANCO PN ITUB3 ganhou 1,67%, a 32,21 reais, enquanto BRADESCO PN BBDC3 subiu 1,61%, a 13,88 reais. No setor, BTG PACTUAL UNIT BPAC11M avançou 4,6%, a 34,1 reais.

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